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Mostrando postagens de setembro, 2011

Choro e chuva

A chuva cai na calada da noite. O silêncio...nasceu no pôr do sol e virou herança. O choro dói , amargura,transborda o peito...palpita o coração. Choro de gente , de homem e de criança. Cada lágrima que cai ,   cada pingo de chuva...molha , arde , respinga e se transforma em colapso. Sente a dor , sente o frio ,   o aperto imediato nas entranhas , face a face com o próprio medo e pavor de existir. Vem do olhar tal reação, escorre das nuvens da criação. Cria o sentimento de derrota ,molha o tapete de quem abre a porta. Não pare de chover...pare de chorar.... O pranto mata ....a chuva lava..... O choro marca...a chuva passa!
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Sérgio Ribeiro Borsoi Jr   Niterói / RJ Parados frente ao mar Nunca poderei Explicar .... Já passava das seis, Bem depois do toque do entardecer. Agora, o manso mormaço era trocado por um Incômodo vento gelado. É difícil explicar... A incrível sensação das nossas almas se entrelaçando para nos aquecer. A rouca voz da paixão sussurrando em meus ouvidos me deixando perto de enlouquecer. Parados frente ao mar, apenas sentados em nossos exageros buscando novas formas daquele momento se eternizar. Nunca poderei explicar... Meu olhar fito, te dizendo A cada movimento das ondas Por que resolvi minha alma a ti Confiar.

poesia publicada na antologia dos poetas brasileiros da cbje

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Sérgio Ribeiro Borsoi Jr Niterói / RJ Que olhar é esse... Que olhar é esse... Que me leva ao passado e me faz querer ter de volta tudo aquilo que pra trás deixei. Que me castiga e me leva a uma órbita; que me escraviza e me lembra de nunca parar de olhar. Que olhar e esse... Que me acelera e me Retarda ao mesmo tempo.. Que me emudece e me deslumbra querendo repetir o momento... É tempestade e calmaria.. é beira- mar e ventania. Que me prendeu em sua graça E queira deus que me pertença. Me faz querer,não mais errar... Olhar somente e viajar.. Pensar em tudo que há em mim! Me faz tentar não fracassar.. Me faz viver nesse olhar!

A maior volta

O mundo deu a maior volta possível... me deixou tonto, sem poder me achar. Perdido em um piscar de olhos... preso em um forte laço de contradições , que me fez ser livre e me   entender como nunca. O que faltava? O que buscava? A retórica agora me ilustra e me solta de meus medos e incertezas. O certo é o hoje...O presente é você... Tão livre como sou...não sei bem o que sou... quero descobrir , ouvir o que restou.. É meu verso e prosa , é minha valsa....trançado musical , andar angelical. O mundo girou e me levou ao meu tão quisto destino. Pintura dos céus , desejos , anseios , asas infinitas , metáfora perfeita. A ação pela razão , arte pela arte..ser ou não parnasianista... olhar não vinculado a nada..somente me guiando... E me encontrando.. na margem de qualquer oceano ou praia deserta. A loucura que provoca..foi feita pra mim...combina em número , grau e gênero... Constantes solavancos premeditados ou não..pouco entendimento..fácil demonstração. Veja como quiser...seja como vier..

A maior volta

O mundo deu a maior volta possível... me deixou tonto, sem poder me achar. Perdido em um piscar de olhos... preso em um forte laço de contradições , que me fez ser livre e me   entender como nunca. O que faltava? O que buscava? A retórica agora me ilustra e me solta de meus medos e incertezas. O certo é o hoje...O presente é você... Tão livre como sou...não sei bem o que sou... quero descobrir , ouvir o que restou.. É meu verso e prosa , é minha valsa....trançado musical , andar angelical. O mundo girou e me levou ao meu tão quisto destino. Pintura dos céus , desejos , anseios , asas infinitas , metáfora perfeita. A ação pela razão , arte pela arte..ser ou não parnasianista... olhar não vinculado a nada..somente me guiando... E me encontrando.. na margem de qualquer oceano ou praia deserta. A loucura que provoca..foi feita pra mim...combina em número , grau e gênero... Constantes solavancos premeditados ou não..pouco entendimento..fácil demonstração. Veja como quiser...seja como vier..

A poesia

Atento às horas , olhos fixos e corpo refém do sol escaldante , procurava Sr.Manoel da esquina.Este escrevera com grande opulência a poesia que havia lido e me deixado intrigado. Soneto único , com métrica perfeita , subjetividade imensa o bastante para atrair todos os mundos e sincero tom de padrão. Lembro-me perfeitamente de estar andando na orla da praia ao fim da tarde   , na companhia de um leve vento.No meio de minha passada , um papel sem rumo me agarrou como um ser solitário e desprezado.Um papel esverdeado , em forma de ilusão com muitas palavras , que atraíram meu olhar grandemente.Por isso ,   parei na frente de um banco de cimento e sentei-me junto com o nada para pôr em ordem o que estava lendo frente ao pôr do sol. As letras estavam enfileiradas e formavam palavras que   , juntas formaram frases , divididas em estrofes.Lia com a respiração ofegante , o peito em fervor e os pensamentos naquele escrito.As ondas davam ritmo e musicalidade a leitura   , me fazendo clamar pala

A poesia

Atento às horas , olhos fixos e corpo refém do sol escaldante , procurava Sr.Manoel da esquina.Este escrevera com grande opulência a poesia que havia lido e me deixado intrigado. Soneto único , com métrica perfeita , subjetividade imensa o bastante para atrair todos os mundos e sincero tom de padrão. Lembro-me perfeitamente de estar andando na orla da praia ao fim da tarde   , na companhia de um leve vento.No meio de minha passada , um papel sem rumo me agarrou como um ser solitário e desprezado.Um papel esverdeado , em forma de ilusão com muitas palavras , que atraíram meu olhar grandemente.Por isso ,   parei na frente de um banco de cimento e sentei-me junto com o nada para pôr em ordem o que estava lendo frente ao pôr do sol. As letras estavam enfileiradas e formavam palavras que   , juntas formaram frases , divididas em estrofes.Lia com a respiração ofegante , o peito em fervor e os pensamentos naquele escrito.As ondas davam ritmo e musicalidade a leitura   , me fazendo clamar pala

Paradigmas urbanos

Tudo em seu lugar naquele dia estava.O carteiro fugindo dos cães , os motoristas disputando o melhor lugar na rua , o padeiro enfeitiçando a todos com o cheiro do pão quente recém saído da fornada e eu ali , na beira da rua , olhando e sendo consumido pelos raios do sol de dezembro.Endiabrado , com a   cabeça latejando e a roupa colada em mim , até mudando minha identidade. Silêncio?Não existia.Eram buzinas , ruídos de músicas vindas dos bares , choro de crianças mimadas e os pensamentos ignorantes e desprovidos de amor dos camelôs , que abusavam de frases prontas.Meus olhos se afogavam naquele mar de gente que ia e vinha por todos os lados , fazendo-me entrar no êxtase de uma loucura , a qual considero rotineira de toda quinta feira. Como padrão de toda cidade grande , o cheiro do consumismo se espalhava facilmente e contaminava quem dizia ser comunista ao extremo , os socialistas de plantão que discutiam suas teorias , tomando uma caneca de choop   e jogando xadrez ,   sobre a utopia

Paradigmas urbanos

Tudo em seu lugar naquele dia estava.O carteiro fugindo dos cães , os motoristas disputando o melhor lugar na rua , o padeiro enfeitiçando a todos com o cheiro do pão quente recém saído da fornada e eu ali , na beira da rua , olhando e sendo consumido pelos raios do sol de dezembro.Endiabrado , com a   cabeça latejando e a roupa colada em mim , até mudando minha identidade. Silêncio?Não existia.Eram buzinas , ruídos de músicas vindas dos bares , choro de crianças mimadas e os pensamentos ignorantes e desprovidos de amor dos camelôs , que abusavam de frases prontas.Meus olhos se afogavam naquele mar de gente que ia e vinha por todos os lados , fazendo-me entrar no êxtase de uma loucura , a qual considero rotineira de toda quinta feira. Como padrão de toda cidade grande , o cheiro do consumismo se espalhava facilmente e contaminava quem dizia ser comunista ao extremo , os socialistas de plantão que discutiam suas teorias , tomando uma caneca de choop   e jogando xadrez ,   sobre a utopia

Meu mundo conotativo

Naquele dia acordei com os raios daquele sol imperial , que embrasavam o céu de forma homogênea.Minha moleza foi deposta pelo som orquestral vindo das ondas do mar , as quais se partiam nas pedras mumificadas pelo tempo. Os meus olhos....bem..os meus olhos pareciam estar meio empoeirados e turvos pelo tempo que ficaram fechados , sem ver toda a ação dos agentes da natureza.Meus pensamentos estavam estilhaçados , sem direção e originalidade para me guiar. Minhas narinas estavam famintas , querendo sentir o cheiro do sal das lágrimas da maresia comovida por seu próprio EU.Por isso , corri para a janela e entrei na órbita aprisionada e impedida de se misturar por aqueles vidros blindados por limites. Lembro-me bem   , que o vento tonteava   o ósculo apaixonado dos casais interligados , se tornando de certa forma   , um só. Aquela imagem nostálgica pintou os reflexos dos meus olhares sem diretrizes , que retomavam as primeiras vontades. Em alguns segundos frente à toda aquela satisfação ,

O sonho do poeta

Ele só quer amar sob o ódio , rancor e avareza.... Escreve sob os raios do sol de qualquer época , deixando os versos ferverem para ganharem vida   e doarem esperança. Seu desejo?Apenas criar arte solene e fazer controversas   , fazerem sentido único. Seu nome? Eu ,tu , ele   ,nós ,vós , eles!Viventes de um mesmo mundo , girando por uma poesia.Há de haver paz e contemplação ,morrer trevas e ranger de dentes. Paradoxos virarem vida e paradigmas , morrerem   sós! Escrever amor em poucas linhas ,amor sincero que não se viu.Olhar as estrelas , desejar aquela, a pele escura o atraiu. E em poucos dias ali se faz.........                                                       Sonhar na tarde.....chorar jamais!

O sonho do poeta

Ele só quer amar sob o ódio , rancor e avareza.... Escreve sob os raios do sol de qualquer época , deixando os versos ferverem para ganharem vida   e doarem esperança. Seu desejo?Apenas criar arte solene e fazer controversas   , fazerem sentido único. Seu nome? Eu ,tu , ele   ,nós ,vós , eles!Viventes de um mesmo mundo , girando por uma poesia.Há de haver paz e contemplação ,morrer trevas e ranger de dentes. Paradoxos virarem vida e paradigmas , morrerem   sós! Escrever amor em poucas linhas ,amor sincero que não se viu.Olhar as estrelas , desejar aquela, a pele escura o atraiu. E em poucos dias ali se faz.........                                                       Sonhar na tarde.....chorar jamais!

No fervor da cidade

Já passavam das seis horas , e dividia a noite existente , com um vento típico do verão. Encostado no ponto de ônibus , olhava para frente sedento por avistar aquele letreiro luminoso , que me levaria ao meu destino. O comércio chegava ao seu término e as pessoas que passavam por ali , pareciam estar com muita pressa e andavam em passos largos   levantando com isso , toda a poeira deixada no chão. Velhos e novos de braços dados , menino e menina de mãos entrelaçadas e eu...me abraçava sem nenhuma intenção e desprovido de qualquer pensamento sério. A propaganda estava pronta:Noite da cidade grande , os personagens bem comportados em seus papéis respectivos e uma alma solta , simplesmente dando ritmo aos seus olhares.Os faróis mal- educados e as buzinas sem limites   causavam agressão e era impossível não demonstrar aflição e desavença. Neste momento , concentrava toda a minha raiva naquela inóspita situação até que.....vi passar aquele reflexo loiro.Virei rápido a cabeça e acompanhei co

Sob a licença poética

Sob a licença poética , hoje sou homem sem grades e vôo com o sopro de qualquer vento. Com ela sou livre para pensar e expor meus irrisórios pensamentos , os quais prendo em linhas...versos livres é claro! Sob ela , não peço licença para ser o que quero escrever mas   , escrevo o que quero ser. O hoje não me preocupa e o amanhã , ainda não pintei.Sob a licença poética penetro os horizontes que quero e penso nos grandes poetas e literários e o que teria sido deles , se tivessem conhecido esta alforria. Talvez , digo mais , Romeu e Julieta tivesse outro fim ou ainda......

Transborda

O meu coração transborda.... e as águas que ganham a liberdade , te afogam em   meus desejos. Nestas águas perco-me para te achar e me esqueço para em mim te guardar. Do meu céu sai este dilúvio metafórico e dentro   dele tens meu amor...louco...sereno e eterno!