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Mostrando postagens de outubro, 2012

O verbo

O verbo é de carne e osso. Respira , adormece com a lua e desperta com o sol. Se empolga com as ondas do mar e se perfuma com o aroma das sereias. Vem de algum lugar , sobrevivente do rancor e ganância de outros verbos. Dorme , se balançando em uma rede de linho sedoso. O verbo canta , se alegra e chora. Se arrepende e se orgulha , mas não de si , pois seu orgulho não é mais forte que sua serenidade. Não macula verbetes nem maltrata a esperança. Não é insano , mas arde em muitas respirações. Conjuga maestria em primeira pessoa e intensifica a arte de pensar dos que o querem em seus pensamentos. O verbo clama por existir sob o domínio do mal. Quem és tu ,oh verbo? - Sou a rosa que brilha no escuro e a luz que acende o fulgor e a honra. Sou a força que faz viver ,  alegria que restaura o padecer. Sou aplauso que acorda a virtude , sou astro ,estrela...sou fértil...Sou Amor!

Voe

Voe livre amor , para o encontro das almas que o querem ao amanhecer. Voe alto amor, para a presença dos que querem amar vendo a tarde chegar. Voe longe amor , para os que nascem para tê-lo , vendo a noite chegar. Voe como quiser amor , para  o amanhecer de uma bela  tarde  , que antecede uma noite suave e torne-se eterno por todo o dia.

Carioca

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                Carioca já nasce com samba no pé.      Sujeito malandro e com lábia perfeita      consegue sempre o que quer.      Carioca é desde cedo com pipa na mão ,      gingado com a bola do mané das pernas      tortas , que quase virou rei.      Este não era carioca , mas no Rio fez fila,      jogando no Fogão. Time grande com estrela      guerreira , que pôs muitos na Seleção.      Carioca sonha com o cristo , que muitos já      encantou. Tem no quintal o pão de açúcar e na      mesa o pão do Sr.João.      Carioca desce e sobe sem reclamar. É dono de si      e cria seu ritmo sem duvidar. É gente como toda      gente que usa a boca para falar. Fala o que pensa ,      como quiser. Carioca real , troca o sim , pelo ´´Já é `` !  

Lágrimas pelo que vejo

       É pesaroso ver o verde se tornar cinzas. É cruel ver as lágrimas fazerem os rios transbordarem , como se fossem meros baldes de plástico barato. Sentir o odor do ódio queimando o que tinha como patrimônio causa ânsia e ranger de dentes. Amargura e rompe o peito movido por um coração decepcionado. É mortífero ver as terras se tornando lugares vulgares e sem felicidade. A terra que já abrigou sem cobrar nada , passos firmes e repletos de prazer. Um prazer não carnal , mas sim de bem estar. O roxo , que era sinônimo de fertilidade , hoje é dessa forma pelas agressões e espancamentos que sofrem a casa segundo. Simplesmente abaixar a cabeça perante essa impiedosa atitude não representa subordinação e respeito , mas sim inércia e descaso do pensamento , desprovidos de atitudes sábias e que fazem grande diferença. A chuva não é uma mera reação da natureza. Ela representa o choro angustiado das nuvens do céu ao verem o caos que se expande diariamente. O negro das nuvens pesadas é o

Meu mundo sem você

Pranteei por sua falta. Aonde estou agora? Vejo sombras , solidão e meu pavor. Aconteceu! Sua presença não vejo mais e seu perfume foi trocado pelo odor das tumbas apodrecidas. É triste pensar no que se foi. O passado é obscuro agora. Meu futuro talvez não seja tão empolgante. A fumaça de seus passos sumindo sufoca meu coração , que bate não mais feliz , mas arde pensando em ti.

Declaração de Outubro

* Para meu amor... presente dos céus para mim! Canto simples , lua bela , sol maior. Dedilhar firme pelas cordas de nylon e vibrar constante da voz cheia de amor. Ao céu declaro , para as estrelas como posso. A melodia não é minha , mas garanto? Garanto pouco , pois pelo que sei , ela já estava nas mãos de Deus , assim como você. Roubastes meu coração indefeso e petrificado , e agora canto para nossa paixão. Meu barco afundou , porém com suas vestes me levantei para a costa. A maresia te iluminou no sol forte daquele dia. Uma maré forte trouxestes no olhar e um rochedo de sonhos em seu falar. O mistério da esperança , de sorrir e correr aí. Escondo de mim teu passado , porque nele eu não morei.

Canção de Outubro

Já quase chegou ao fim os dias comuns do Dr. Outubro. Um coração chora em silêncio pela quase partida de mais um ano. Se foi doce , a aurora é que diz , pois ela foi regida pelos favos dos raios do sol ameno. Prossigam os dias em fila ou misturados. Deixem alegria e o cheiro do mato molhado. A chuva que quase não se viu , espero que cai devagar e respeite os ´´Outubrianos`` de plantão. Caia como a garoa e não como a tempestade ,para que assim , todos possam ver o novo mês que está para chegar.

A canção

Ela é sempre tocada por uma alma inocente. É a minha? Quem sabe.... As notas sobem como vapor e transbordam o céu sonhador.   A chuva cai , molha a terra roxa, mas nada se compara ao momento que choro de emoção. Volto sempre ao mesmo refrão , porque ele te faz sorrir.   Meus lábios brincam com os seus e querem com o som contagiá-los. Me olhas perdidamente e dizes que se encontrou. Volto sempre no mesmo refrão,   pois ele te faz cantar. É sublime seu caminhar.   Espanta as dores de uma terra sem leis , porém os fantasmas teimosos só querem terminar de ouvi-la. A tarde chega tão risonha , que chego a perguntar o porquê. O sol deixou seu rosa nas nuvens finas e majestosas.   Quando o quente esquenta o frio , posso até imaginar. Eu quero mais é ser FELIZ na terra , céu ou no mar. O silêncio então se faz. Todos quietos de uma só vez. Os fantasmas já se foram e eu posso livre te bei

Tudo tenho

                                      Olhos como fogo , que queimam minha alma.                                       Lábios como seda fina , que alucinam minha calma.                                       Voz angelical , que amansa e agita meu coração.                                       É a sua face , que me torna refém de seu amor. Meu                                       equilíbrio e queda constante para os abismos inconfundíveis                                       da ardente e corrosiva paixão.                                       Tempestade e calmaria. Tenho a ti. Vivo assim. Sorrio sua                                        felicidade.                                       O que mais posso querer?

Versos insustentáveis

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Sinto o peso. O pavoroso fogo que queima minha alma. A sequidão em minha garganta e o cansaço de meu corpo. Tento , luto , me esforço , mas não dá. É pesado , obscuro , indiscreto e sorrateiro Minhas veias sobem a pele , virando grandes hematomas. Meu sangue corre com caimbras e sangra de dor. Minha mente se retorce em pensamentos que não são meus. Minha angústia e aprisionamento fazem de mim vítima de meus próprios versos , os quais inundam o velho mundo e não sei por que fiz.

Bem me quer..

Enquanto puder aos céus pergunto: Será que bem me quer? Diante do medo , da fria noite , do pavor constante de te ter como és. De noite ou de dia... será? Bem me  quer? Na madrugada gélida , sem amor ou com ele. Vestida de branco ou simples ternura. Será? Bem me quer? No impulso voraz de criança que sonha. Com desejo ou lembrança. Será? Bem me  quer? Na sombra do espelho ,olhando em seus olhos. Com o clamor de uma deusa. Será? Bem me quer? No ritmo que embala o céu e a terra. Rainha contente da minha alma cantante. Se é brilho constante , som de chuva ecoante. O esforço maduro de um corpo brilhante. Se é isso que quero... Será?  Bem me quer?

Minha busca

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E u te busco. Minha procura se tornou uma obsessão louca e consumidora. Queria poder viver os momentos daquele dia. Não é só uma busca por algo que me faz bem , e sim por algo que me mantêm vivo. Sendo assim , sinto que morro aos poucos , pois a fonte de minha vida , ternura e inspiração está em ti. Não sinta pena. Sinta meu amor e volte ao meu encontro no horizonte sem fim.

Meu desejo

     Meu desejo    se realizou.    Como mulher    te idealizei e    você pairou de    imediato sobre    meu amor    ínfimo e imensurável.       Meu sonho virou    realidade.    Dos céus viestes    e moldastes meu    coração sem    moderação.    Fui vaso de barro    em suas mãos e    sua voz me aqueceu.    Me cubristes com    suas asas e suas    penas mortificaram    meus temores.    Em cada manhã    quero te ter. A    cada noite com    seu corpo adormecer.    És o meu plural e    singular. MInha    metáfora e sinestesia.    Movo-me para ti ,    esquecendo de mim.