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Mostrando postagens de janeiro, 2014
Do horizonte azul e com beleza persuadida pelos raios impetuosos viestes tu, oh rosa jovial que brota no dia. Em um jardim cheio de vestes rogou ao céu pelo seu eterno perfume angelical. O balançar sutil de suas cores venceu com formosura os muitos espinhos que  tentaram sufocar-te com voracidade. Foram lançadas ao chão como galhos secos e sem vida, e depois espalhados pelo vento. Com liberdade passastes a respirar, salientando seu poderio no vasto jardim. A tortura chegou ao fim e aí viestes para mim, seu honrado felá. Em minhas mãos lançastes suas pétalas e   sobre meu corpo sua essência. Fui água fresca para tua sede e terra fértil para sua fome. Em meu coração pusestes suas raízes sorridentes e minhas batidas foram ritmadas pelo piscar de seus olhares. As nuvens plenas do fim da tarde de um dia de outono sustentaram suas palavras e o céu rosado pintava seus desejos. Arei minha alma para poderes sobreviver dentro de mim e
Veja o mar. Toda essa imensidão. O nascer do sol, o timbre do vento e a mansidão do silêncio. Veja no mar. Aqueles que o temem. Que nele vivem. Os que choram pelos decadentes e para serem como as ondas. Veja lá. O barco a vagar. O céu a sorrir e o sol a raiar. O mastro partido, uma estrela cantando e a maresia a dançar. Tudo isso. Tudo que podes ver, é tudo mesmo o que enxergas aí?
O velho blues na bela gaita soprada pelos velhos pulmões da velha boca do velho homem, que dizia alto o quanto era infindável o velho tempo!
Como amar sem coração?