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Mostrando postagens de março, 2012

Rosa dos ventos

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Como a rosa dos ventos , assim também sou eu , te buscando em muitas direções. A tarde vem certa , que a manhã já passou , ignorando as lamúrias , que o tempo deixou. No horizonte ao sul , eu olho maroto e do norte ao leste , meu olhar é risonho. Confundo as estações , as horas , o dia e a noite  , mas os ventos alísios de uma tarde qualquer , sempre me trazem você de outra dimensão , acabando de vez com minha confusão. *Imagem retirada do google!

Mel

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Dos teus lábios escorre o doce mel , que me sacia e restaura. Suas palavras , doces como tal transbordam os meus ouvidos , que nada mais são que potes de barro virgens , ainda não modelados pelo oleiro. De um entra e sai constante e viciante , elas me comovem , um segundo por vez. Sendo assim , não é fácil controlar-me , nem difícil ser dominado pelo resultado da junção de tua inspiração, com suas cordas vocais e tua língua , que como lã poli diariamente o meu escutar.

Mel

Dos

Pulsar verdejante

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O sol , claro que eu vi. Senti o calor , o doce fervor , falei de amor. Pulsa em minhas veias o aroma silvestre das flores e frutos , que ele vem acariciar. Os raios prudentes vivificam as raízes  , mistificam os narizes , que respiram aliviados. Cambaleiam sem medo de cair , correndo por aí , ofegantes e agradecidos. Da natureza , se retiram os primeiros versos e do mundo escuro , os primeiros erros. Dos versos se tira o amor e dos erros , os aprendizados. Pulsa forte o coração  , alimenta , dá vida , inspira em um só verdejar. Em campos cheios de êxtase e crenças infantis , pode a vítima de um pulsar verdejante finalmente morar.

A dama

Viestes a mim sedenta e faminta. Olhastes o sol , querendo dizer: - Mata minha sede e dá-me de comer.   O bravo perdeu , o herói se rendeu   e o cruel ficou bom ao te conhecer. Trouxe a mim seu olhar brilhante no céu , jogou forte ao mar , a púrpura e seu véu .

Na chegada

Quando eu chegar em casa , depois de um dia inteiro de trabalho denso , molhado e macabro , espero que estejas ai , sentada no sofá de camurça barata , mas que sustenta nossa paixão.   Que não te perturbes a minha volúpia e dificuldade para abrir a porta , e deixar para depois o peso que tiver trazido em meus ombros.   Que estejas ainda , lendo os meus versos , e tentando decifrar meu coração. Além disso , espero que não te clausures ao tentar e encaixar no corpo da loira , morena e ruiva , que tanto descrevo nas estrofes.   Na verdade ,   te vejo de segunda a segunda , como a mulher de muitos tons, gostos , cheiros e sentimentos. Não te traio com um caminho sem volta , achado em outra saia. Te traio sim , com você mesma. Que os teus cabelos ainda estejam molhados exalando o aroma da frutas que comemos ao amanhecer sublime ,mais forte que a noite. Na noite nos amamos , mas na manhã , brindamos com o sereno nas folhas do jardim. Pense em seus segredos,

A presença do surreal

Não soa com exatidão constante , nem destreza que se considere relevante. Ao caos se entrega e adquiri frio de espírito. O andar cambaleante da razão passa a ser intenso. Se apoia nas paredes vazias dos abismos que chegam ao fechar os olhos. As mãos se entrelaçam tremendo de pânico, e o real se dobra ao tormento de não mais existir. O respirar sobrevivente é trocado pelo ofegante , e a omissão da razão inocentada ganhou o escuro submerso. Aqui , nada mais é real , nada mais é concreto. O estranho é hoje o adjetivo de satisfação e o perverso só pode sentar e rir.

Eita dia difícil!

   Acordei cedo , com dor de cabeça , os olhos grudados , cansaço abundante pra dar e vender. A noite foi boa? Afirmo que sim! Desci as escadas feito alma penada , sem rumo ou estrada , só queria andar. Cheguei na cozinha , cocei a cabeça , fritei uns ovinhos , tomei um café pra me levantar. O café era preto , forte e sem medo, entrou nas minhas veias , querendo ficar. Peguei água fria , joguei no meu rosto ,despertei meus desejos , estava pronto pra outra? Voltei pro meu quarto , botei o meu terno e achei meus sapatos. Espanto eu tive , não posso negar , pois aqueles sapatos não estavam engraxados. Sentei na minha cama , repleta de traumas , salivei bastante e cuspi nos sapatos. O brilho chegou , o sorriso pintou , corri para o carro , mas ele não funcionou. Peguei minha pasta , de couro polido , liguei pro escritório... disse que ia chegar. Corri lá pra dentro , liguei pro vizinho , pra me ajudar. Fiz uma chupeta rápida e rasteira , o carro chegou e fui trabalhar. A rua lotada de car

Tacaram uma pedra no meu telhado!

   Tacaram uma pedra no meu telhado. No meu telhado , que é de vidro. Está sobre minha cabeça e sob o céu estrelado de uma noite qualquer. O galo já havia cantado, os menininhos arteiros ido para suas casas , para lavarem os pés negros de correr pelas ruas empoeiradas do bairro. Eu estava recostado em uma almofada   e colocava o peso dos pés em um travesseiro. O lençol da cama ainda estava quente do forte sol que recebera há algumas horas. Com os olhos quase fechados   e   enxergando pouco as luzes da Tv , escutei aquele barulho seco , como se realmente uma pedra tivesse atingido em cheio o meu telhado. Levantei rápido , correndo para a janela , pois queria saber da onde a tal pedra teria vindo. Com a cortina levemente afastada , observei um grupo de rapazes que jogavam capoeira , uma senhora com um lenço roxo na cabeça e um casal de namorados   , ou que curtia uma amizade colorida , passando do outro lado da rua. Enquanto tentava decifrar aquele mistério ,   em minha cabeça só ecoava
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   Cortaram-te   a asa , para que não contemplasses a primavera. Sua lágrima de dor virou gelo , pois te jogaram no inverno temeroso e sem alma. Os lírios estão a te esperar , lembrando da promessa que fizestes a eles. Sua falta é sentida , sua presença não é vista e isto , causa lamento. Aqueles que te amaram e amam , te tem na parede , pintada em um quadro de moldura barata. O céu não pode mais saborear o rosa alaranjado de suas asas , e pranteia sozinho , querendo vê-la.    O voo mais simples não é mais visto nem nos milharais , nem nos canaviais. Quem quer te ver vai ao museu , na parte da extinção. Teu coração clama por liberdade , e o meu por sua castidade!

Ponteiros

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   Os ponteiros abandonaram os números.    Os minutos foram à feira , e os segundos viraram primeiros.    Fecho meus olhos para o tempo , abro meus erros para o vento.     Que leve embora para qualquer lugar , que não tenha tempo de ida , nem de volta.                                       O tempo cessou! *Imagem retirada do Google.

Na sétima avenida

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   Ela ainda estava no começo do calçadão , cambaleando em cima de seu salto , e se equilibrando com o dançar de seus cabelos castanhos. Seu olhar estava dividido entre ver o caminho que fazia e o relógio dourado , com pedrinhas de diamante , mostrando aparente atraso. Seu vestido balançava sutilmente dentro de uma harmonia com as suas pernas , e o perfume fazia com que as inúmeras narinas disputassem pelo melhor respirar. Um bando de narizes cafungando sem parar. Seu ritmo ia aumentando , e cada vez mais ela se aproximava   , dando clareza de seus traços para os olhos babantes que a notavam. Os machos em posição de ataque , os pintores a transformando em personagem de seus quadros e os músicos a imaginando como a tal garota de Ipanema.     Foi então , que na sétima avenida ela penetrou , com seus pés serenos e suas curvas delirantes. Era uma quinta-feira , dia sete de Julho , e por isso , um mês incrível se fez. Como onda que se forma e quebra na areia branca , ela passou, libera

Hipocrisias em um país sem leis: NOTA 10!

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      Sentamos todos os dias em frente de uma televisão. Isso mesmo , estou me incluindo nos fatos mencionados. As partículas que combinadas formam a imagem são responsáveis pela transmissão das notícias. Agora , a aceitação quanto a elas é de responsabilidade nossa , ou melhor , a acomodação e a inércia sempre falam mais alto. Na verdade ,   escutar tragédias , como mortes , agressões e corrupções ,desde que sentados em um sofá   , tomando uma limonada passou a ser um passatempo bem macabro para os telespectadores.       Ninguém , ou quase ninguém acha estranho ficar sabendo que um grupo de pessoas invadiu uma propriedade privada e a destruiu , seguindo as suas próprias razões , ou ainda , que policiais estão agredindo indivíduos inocentes , simplesmente pelo fato de carregarem no corpo uma farda. Mas , é um país de todos! Realmente , um país de todos os usurpadores , corruptos , contraventores , ladrões e artistas. Artistas? Sim! Somente sendo um artista para conseguir mentir tant

Caminho sem volta

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   Ele vai chegar como quem não quer nada , numa manhã ou tarde qualquer. Vai te fazer olhar para ele , abraçá-lo educadamente  e conversar por horas. Você , vítima do encontro explosivo vai corresponder com educação ,  e em pouco tempo começará a ter desejos estranhos e inéditos. Ele , com esperteza vai realizá-los sem pestanejar. Você também sentirá frio na barriga e ficará com as mãos suadas quando pensar nele ou ficar de frente. Vai começar a ver detalhes da natureza , se encantando até com o canto dos pássaros e o barulho das cigarras ao amanhecer. O sol forte não será mais incômodo , mas sim motivo de ânimo para querer tê-lo , e aproveitar o belo dia. Para evitar falatórios na família , no começo vai fazer de tudo para que ninguém descubra , mas depois..... Bem  , você vai andar pelas ruas preocupada com ele... só pensando nele.... só querendo ele. Vai perder todas as amizades  , amizades de anos que se afastarão de você , de um dia para o outro. Entretanto , estará tão cega ,

Punhal

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Sua voz como um punhal rasga meu peito, e me alucina , me alivia, me cativa e apaixona. No anoitecer , ela me eleva até as grandes alturas , me presenteando com as estrelas. Dispara meu coração como um cometa ,que cruza o céu , deixando seu rastro eterno. Mas , eu corro... corro como um cometa ,   imigrando para o relento de suas palavras , até o amanhecer. Ali , com o alaranjado nobre de um céu de outono festivo , eu sinto suas mãos , curando as feridas feitas   pelo tal punhal.

Ah..

Com certeza , ninguém sabe do seu próprio futuro   , nem pode desfazer atitudes realizadas. Com certeza , não dá para medir a felicidade que se procura em meio ao breu constante da atmosfera pecaminosa e cheia de enganos ,   chamada de vida. Entretanto , quando a mesma é encontrada , um caloroso brinde é feito , mesmo que sozinho. Hoje , eu brindo a você , que com toda sutileza , carisma , sensibilidade e sinceridade , tem me trazido a felicidade , sem cobrar nada em troca. Mesmo sem cobrar nada   , te digo , afirmo e repito....A minha felicidade só existe , se a origem dela também estiver assim. Um p a s s o   de cada vez , em direção ao que queremos e temos como desejo. Ah , se os raios do sol fossem tão vibrantes quanto o seu sorriso   , com certeza o mundo estaria extinto , pois não há como mensurá-lo. E se o céu tivesse como moradoras , estrelas tão brilhantes como o seu olhar. Na certa , não haveria espaço , pois é impossível contê-lo. E se o ruído de um trovão fosse