Cortaram-te  a asa , para que não contemplasses a primavera. Sua lágrima de dor virou gelo , pois te jogaram no inverno temeroso e sem alma. Os lírios estão a te esperar , lembrando da promessa que fizestes a eles. Sua falta é sentida , sua presença não é vista e isto , causa lamento. Aqueles que te amaram e amam , te tem na parede , pintada em um quadro de moldura barata. O céu não pode mais saborear o rosa alaranjado de suas asas , e pranteia sozinho , querendo vê-la.
   O voo mais simples não é mais visto nem nos milharais , nem nos canaviais. Quem quer te ver vai ao museu , na parte da extinção. Teu coração clama por liberdade , e o meu por sua castidade!


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