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Mostrando postagens de maio, 2017
Se fosse coito, estaria afoito As mãos tremeriam e as pernas se embolariam. Se fosse coito, pensaria só em terminar e não estaria pensando no começo Mas, o começo também tem um fim. E o fim pesou em mim. Os ombros quase viraram cacos Rastejei até o tapete e esfreguei a barba O largo tempo virou uma curta lembrança Entusiasmado, porém coagido a estar depreciado. Se fosse coito, não me lembraria Se fosse coito, tudo seria coito e... ESTARIA AFOITO!
Se me levas ao céu, eu me importo Se tragas-me no importuno momento em que pensava em ti, eu me importo Se me acusas de amor sincero e intenso, capaz de liquidar o sombrio vento da solidão, eu não me importo Minha culpa é de ter sido envolvido pelas palavras da poesia vulcão em fúria, explodindo a tortura que dói, mas lava a alma com a paixão De fato, estar na condição de culpado pelos versos que a alma produz, leva-me a dizer: -EU NÃO ME IMPORTO!
E o verso vai e vem, e mesmo sem querer, a gente aprende a viver sem!
... se pudesse poder... talvez não quisesse poder.
O verbo criou vida. Eu vido Tu vidas Ele vida Nós vidamos Vós vidais Eles vidam DUVIDA?
Ela ficou nua na SERRA PELADA e todo mundo gritou: - Olha, tem alguém sem roupa lá no alto!
Cada verso era uma despedida. Do ponto de partida. Da calma esquecida. Da cama recolhida ao te ver. Cada verso era uma despedida. Na dor repartida. Na fala interrompida Do próprio verso que só quero esquecer.
Sigo em frente e enfrente! Se ele segue em frente, eu sigo enfrento!
Falava com pensamentos e interrogações. As metáforas dançavam na língua e caíam bêbadas nos ouvidos vazios.