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Mostrando postagens de outubro, 2014

Apelo para as horas

Se os olhos se fecharem e não fizerem o dia trazer a noite ou a noite trazer o dia. Se no jardim de nossas almas não surgir uma rosa mesmo sem semente. Se o vento do fim da tarde for somente uma moléstia para os cabelos. Se tudo quanto fizer não obtiver resultado e o caos dividir sua sombra. Se as mãos não mais alcançarem o céu, e a terra absorver nossas pegadas, fazendo om que tudo não passe de perdição. Se a poesia que resgatou os poetas e a paixão de um dia ensolarado cair em queda- livre rumo ao esquecimento. Se o amor perder a cor, o tom e o som inspirador. Se o mundo parar de girar Se tudo for um ''SE''. Se o amor não voltar, peço: - Apenas volte!

A vejo passar

          A vejo passar, sendo mais rápida que a sombra produzida pelo sol do fim de uma tarde sem grandes razões. Teus olhos não são mais os mesmos e a cor viva de seus lábios estão longe de ti, colorindo as maçãs quase ressequidas pelo passar do tempo.        Ergues sua postura, esquiva-se do meu tom observador e um tanto curioso e solitário. Move-se como as folhagens balançadas pelo sopro de qualquer vento.       A vejo passar e não reconheço o que vejo. Tudo está fora de ordem, embaralhado com meus anseios. Acredito que tenha sido a distância, a falta de minhas palavras. Vejo no seu andar a ameaça que virou realidade de ser tudo o que me assustava.       Senti que minhas mãos quiseram prender-se em seu quadril e nunca mais soltá-lo, porém tudo não se passou de um desejo, pois nunca mais serás a mesma pessoa.

Palavras

''Por algum motivo sinto que o passado não passou por inteiro''. O que arde em meu peito é o que queima em minha voz. Palavras ditas, vivas, sentidas, ouvidas, esquecidas? Existe alguém que as entenda sem ouvi-las? Existe hora para cessarem, para morrerem em vida? O desejo é o que consome o próprio desejar humano. É o humano que consome o desejo e deseja. Onde está o certo? Estará no negro da mente, no branco da revoada do horizonte? Palavras...palavras...palavras. Não meras, mas sim palavras. Lavradas, guiadas, plantadas, faladas, palavras. As que ardem em meu peito, as tais palavras.
Porque toda vez que sentes o amor, ele paira obre mim, e não há fulgor maior transbordando em minha alma. Porque se houver amor em ti, haverá vida sempre a nascer em mim, Ame-me?
O tempo é a única chuva que nunca para de cair!
Aquele que teme o amor nunca vai colher sentimentos secos!
E quando tudo chegar ao fim, leve-me ao começo, pois lá havia amor, porém no final o que há é desprezo e rancor.

Bendita...

Bendita seja a canção da alma que toca nos dias sem vida ou resplendor. Bendita a rosa que brota na alma cantante e que a muitos lábios faz sorrir. Bendito o ventre que no silêncio fez a vida surgir para cantar e sorrir.
Vinde a mim, rosa serena de cor viva para reviver o meu jardim. Serás a melhor das formosas rosas, contudo antes preciso arrancar todos esses espinhos que me ferem.
E foram daqueles olhos que nasceram todo o desejo, o qual inundaria meus versos por muitos anos. E esses anos passaram como o sopro de um vento, pois o desejo nos consumiu de tal forma, que no espelho somente restou a imagem do ínfimo prazer.
Aos poucos surgiu. A atração de um olhar comentado com um piscar. Os lábios se uniram e se soltaram quando algumas palavras foram ditas. Não há como negar, que o limite do silêncio foi a atração, e da atração trazida pelo olhar veio o resplandecer de um sorriso que sorriu até o dia raiar.