Eclipse de mim mesmo
Lá se ia mais um dia embora. E, aquela sensação de que algo estava faltando veio para atormentar o crânio ainda quente. As flores fizeram silêncio, os passarinhos tornaram-se folhas e a coruja tentou convencer de todos os jeitos que ela era a única atração da noite instaurada. Lá se ia mais um dia embora. E, as nuvens aglomeradas escondiam algo. Algo estava bem guardado para um próximo momento. Algumas estrelas espiavam os terráqueos e depois sumiam. Impressões, raciocínios e incertezas habitavam em todos os olhares que contemplavam o céu. Um azul diferente, um céu observador. Alguém deve ter pegado os ponteiros do tempo e os transformado em rosas para serem dadas a uma dama, porque o tal tempo parecia estar desligado, em um sono profundo. Algumas vozes altivas passavam gorjeando, outras cacarejavam ensurdecedoramente palpites e conversas sem sentido. E eu? O que eu era? O que pensava? Será que est