Se dizes que estás bem longe de minha presença, e que seus dias nascem e terminam como antes, vá, siga como estás. Porém, afirmo-te, com os céus, tendo os astros como testemunhas, que minha vida perdeu a cor e a vitalidade. Distante o suficiente para me perder e se rumo vagar pelo Ades, grito com os dentes trincados, como um cachorro babento e feroz por socorro. A areia da praia, a brisa e o mar. O céu de outono, o vasto abismo daquele olhar. Sem rumo, me afogo sem chances de vida. Tudo perde o sentido. Fico cego juntamente com a escuridão. Tu és minha candeia. Fonte de luz eterna. Porém, longe como estas apenas se parece como uma estrela, que se enxerga, contudo não se sente a sensação de calor. O frio me consome. Minha pele arranquei e vendi ao barqueiro para me levar ao Partenon sagrado. Humilde servo me faço. De joelhos e com os pés amarrados. Crueldade é vagar sem luz e sem deixar pegadas. As marcas dos açoites trago comigo,