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Verdejar sorrisos

Verdejei com teu sorriso  de imensidão do amanhecer.  Luz serena , lua eterna ,  vento forte , brisa mansa. Verde intenso , verdejei.  Teu sorriso encontrei. Luz eu vi , amanheceu. Eterno vento da mansidão. Bato alegre , palmas em vão.  Acordo a livre e bela canção. Verdejei tuas cores plenas.  Sintonia em verso e prosa ,  para formar o meu refrão.

O poeta , a caneta e o papel

A caneta rega o papel.  Nele, florescem os versos,  e suas cores fazem o dia  inteiro brilhar. O poeta respira aliviado com a alma mansa e livre do fardo rústico que carregava até ali. A caneta rola por cima da mesa ,  completamente exausta e sem fôlego. O poeta sorri para ela com olhar de  aceitação e uma certa piedade e paixão. O papel continua ali , parado ,  florescendo ainda mais, pois mesmo sem a caneta , o poeta  rega-os com suas lágrimas por  estar emocionado.
Inspiração do coração  que canta alegre , com  maestria e a poesia que  se fazia vira favos de mel. Inspiração que sai da boca ,  na boa roda , pulsa raízes  do coração , parou e  dançou no céu.

Soneto da alegria

Por estar vivo , poder cantar , amar e em salmos eternizar os suspiros que hoje se esvaem. Por vivo estar e poder com a alma cheia jogar pedras no mar , olhar o invisível e contar nuvens no ar. Vivo estando , sentir preguiça, apreciar o dia alegre e a noite mansa. Alegre sendo , jogando fora mazelas , intrigas e decepções. Na vida , estando vivo, com alegria se faz o que se vive , mas a alegria, das trevas  sempre revive.

Soneto da emoção

És o toque suave , o colo quentinho , um afago , o carinho nas mãos de um amigo. acalenta um coração frio ou indeciso , refém de dúvidas e feridas quase incuráveis pelo tempo. És o vento da tarde , a serôdia serena , o cuidado jovial de um FeLá. És aurora que canta e jamais se cansa de ter mil canções e uma alma Tênue. És a vida que vence a morte , lutando contra a seca solidão e a dura razão.

Soneto da razão

Quão forte és tu , que luta contra  o coração. Falas com sinceridade,  transbordando muitas vezes a  dura verdade. Não te cansas de existir e por momentos ser ignorada. És a mancha de sangue  no peito de um falso amor. Não trabalhas com a verdade por ser amável. Acabas sendo seca de forma incomparável. Nunca te turvas com os atos e mesmo que sintas dó ,  és a razão ... dura razão. Move-te com a alegria dissipada , mas morrerás se um dia tiveres que se calar.

Por onde eu andei...

Por onde andei até te enxergar ,  tive medo , não tive paz e o pavor  me escravizava quando pensava  em nunca chegar. Andei só pelo ADES , pelas covas e  por lugar algum.  Vi a noite , a tarde e os dias  serem apenas escuridão.  De mim tiraram as vestes , o brilho  e o direito de ser. Roubaram-me os olhos e minha pele , mas minha alma  nunca tocaram , pois sua essência  a guiou até o lugar em que estavas.