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Orla...

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Bendita orla que direciona meus versos. Que de ti nunca cesse de vir toda essa inspiração. Foi na Orla... O mato alto que dança com o vento da bahia , as folhagens que se mexem fazendo nascer a bela poesia. O singelo nascer e pôr do sol , o ir e vir dos barcos , que parecem de papel. Luzes como ideias ,metáforas como luzes. Sintonia perfeita entre o olhar e a paisagem. Ali , dúvidas são esfinges e sinceridade...paradigmas. Canto dos pássaros , asas que incendeiam , mas não incineram a essência. A tortuosa vontade de querer sempre mais. Foi na Orla.... Orla bendita , que com os céus interage ,  e sobre a terra lúcida faz com as palavras um doce contraste.  Serás sempre a Orla. A Orla da poesia , do eu te amo , do luto pela destruição.  Pensamentos livres da sequidão , pois até os que andam segundo as trevas , ali recebem a cura pro coração.  

O farol

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             A luz que invade a privacidade da escuridão é notável. Ilumina o que o guia quer. Quando o facho de luz cruza os céus e avança nos resíduos do hemisfério não há cego que não o veja. O sorriso da lua dá vazão ao que o farol tem a dizer. Alguns , os amantes reclamam , mas outros até dão graças a tal ato. Hostil mesmo é não ter o farol. Tudo é vago sem ele ... tudo é máximo com ele. Ali....bem ali...sentada na madeira escura e repleta de maresia do porto está ela. A dama do farol com os dedos cruzados e olhar sem direção. Triste por ver que só há vida na noite com o farol , ela almeja ter cautela em não desejar o fim da escuridão. As vezes é até fácil não achar graça em tudo. É normal não acreditar em tudo que se ouve ,porém é impossível não achar graça ou acreditar no farol.Ele existe , mesmo que só a noite. O farol...na cidade...no horizonte  , no vazio. Move-se em busca de ser visto . Ilumina  , cria e arrebenta os grilhõ...

Enquanto o poeta dorme

       A melodia que o coração produz está silenciada. Pensamentos , ideias e sentimentos minuciosamente calados na noite calada. O céu azul noturno , com estrelas adornadas se sente solitário e com saudade de servir de inspiração para estrofes bem desenhadas. Sente ciumes dos sonhos que o poeta pode estar tendo e tenta de todas as formas chamar sua atenção. A partir daí , a atmosfera se transforma em pesadelo. Nuvens carregadas se ajuntam , e o brilho das estrelas é trocado por luzes que traduzem relâmpagos e raios destemidos , parecendo gritos de criaturas irritadas.        O poeta se revira , acorda e salta assustado. A inspiração está exigindo ser usada. Os versos precisam ser traduzidos em paixão. Pisca os olhos  , seu coração acelera e a melodia começa a quase ser iniciada. A caneta olha com pavor. Esta seria a saída? O sono o vence e novamente ele adormece. Os sonhos voltam e cantam como uma revoada. A cama se torna um abismo sem ...

A sereia voltou para o mar , e o pescador ao inferno de suas ilusões

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A sereia venceu o esforço  e o querer do pescador. O canto deixou -o surdo na  primeira visão , e agora o enlouqueceu. O afogou com suas escamas e as  redes se prenderam em seu pescoço. Sua respiração ficou sonolenta ,  junto com toda a inspiração que pertencia a sereia. O sal do mar perfurou seus olhos e apodreceu seus pensamentos. Não há como esconder ou mentir ,  pois o jogo de olhares de antes , agora é um raio de mentiras - a maior mentira , o maior engano , a maior desilusão. O DESAPEGO ! A nova meta de um pescador que lança no mar suas expectativas teria que acontecer. A paixão pela besta-fera de canto manso ,  olhar feroz e dançar poético foi ardente. Com ela ,nem o coração existe mais.  Seu corpo é oco , sem alma , sem nada. ´´ Lá se vai o barco de madeira velha e cordas puídas , e o pescador afogado em seus próprios lamentos ! ``

Ao dia nacional da poesia

Me desperte alegre canto e  ponha sobre meus  calcanhares seu som.  O dia me dispersa ,  mas a sintonia me centraliza em suas raízes.  Dança o girassol não como antes fazia, vencendo os beijos das abelhas  com asas brilhantes.  Hoje ele dança sem seus motivos ,  pois é o dia da poesia. Pardais enlouquecem os zumbidos  matinais das cigarras penetradas  pelos raios sinceros do sol.  Das nuvens explode o degradê  perfeito repleto da mais intensa tênue angelical .  A língua dos anjos , penetrando os  ouvidos com amor , pois é o dia da poesia. No adeus da lua , as malas eu fazia , porém nenhuma viagem seria mais  valoroza do que entrar em meu mundo  no dia da poesia. * Aos leitores , poetas , pensadores , corações expressivos que flutuam nos céus , com amor emanando da alma. FELIZ DIA NACIONAL DA POESIA. Esse brinde é vital e sempre se renovará.

Tuas lágrimas

O vento  que corteja teus cabelos e faz seus olhares lacrimejarem me  fizeram livre ser. O desmanchar de sua sinceridade  me corrompeu e em suas lágrimas  passei a viver. Vida que se faz não só vivendo por viver ,  mas vivendo a vida viva.  Com o calor salgado de sua essência; olhos de menina , corpo de mulher.  Alegria fantasiada sem mentira disfarçada  e que mesmo depois de morto me  fez voltar a nascer. Quem dera fosse eu tuas lágrimas , pois sairia de sua alma , espantaria o medo ,  me dando calma e mais uma vez iria  contigo florescer.

O poeta esteve longe ...

O poeta esteve longe de si   para estar perto... bem perto da poesia. Esteve distante da própria vida ,  para tentar fazer algo... Um sentimento ou um breve suspiro de paixão.  Deixou de lado seus alicerces ,  os argumentos certos e toda a história que antes vivia. Virou palavras dentro das próprias páginas e lenda no próprio e tenso interior.  As estrofes tinhas seus olhares , indo de calientes para deprimentes.  O poeta de afastou de tudo e de  todos pela honra daquela poesia. Esquecer do tempo , do vento e do universo ,  passando a ser andarilho e refém da mansa e aparentemente extinta solidão. Esteve longe , e para isso se movia com cuidado para não olhar para trás. Seu passado o chamou , porém ele o  ignorou , pois pensava estar  construindo um presente para assim ,  viver com prazer no futuro.  Seu futuro é tudo que o faz sofrer ,  chorar e tornar-se mero representante  da arte , qu...