O telefone tocou na calada da noite, sacudindo a mesa. Meus olhos se abriram e saltariam para fora se não os tivesses segurado. Tudo bem, foi um susto, mas quem poderia ser? Lutei contra meu corpo e escutei o terceiro toque. As luzes do relógio estavam confusas, porém tinha certeza de que tarde era. Me pus de pé, peguei o telefone e ainda embriagado pelo sono, esperei alguém falar. - Cuidando bem da invenção? Da minha invenção? Mantive o silêncio, mas perdi a calma. ''Invenção!'' A palavra ecoava dentro da minha mente. Não tive resposta para o enigma. - In-ven... - Não gagueje, homem, pois a minha invenção não merece aprisionar suas dúvidas e incertezas. Foi o limite! Sou dependente do sono, mas não um covarde. - Quem está falando, e que diabos de invenção é essa? - Perguntei. - Meu caro...