Postagens

Do horizonte azul e com beleza persuadida pelos raios impetuosos viestes tu, oh rosa jovial que brota no dia. Em um jardim cheio de vestes rogou ao céu pelo seu eterno perfume angelical. O balançar sutil de suas cores venceu com formosura os muitos espinhos que  tentaram sufocar-te com voracidade. Foram lançadas ao chão como galhos secos e sem vida, e depois espalhados pelo vento. Com liberdade passastes a respirar, salientando seu poderio no vasto jardim. A tortura chegou ao fim e aí viestes para mim, seu honrado felá. Em minhas mãos lançastes suas pétalas e   sobre meu corpo sua essência. Fui água fresca para tua sede e terra fértil para sua fome. Em meu coração pusestes suas raízes sorridentes e minhas batidas foram ritmadas pelo piscar de seus olhares. As nuvens plenas do fim da tarde de um dia de outono sustentaram suas palavras e o céu rosado pintava seus desejos. Arei minha alma para poderes sobreviver dentro ...
Veja o mar. Toda essa imensidão. O nascer do sol, o timbre do vento e a mansidão do silêncio. Veja no mar. Aqueles que o temem. Que nele vivem. Os que choram pelos decadentes e para serem como as ondas. Veja lá. O barco a vagar. O céu a sorrir e o sol a raiar. O mastro partido, uma estrela cantando e a maresia a dançar. Tudo isso. Tudo que podes ver, é tudo mesmo o que enxergas aí?
O velho blues na bela gaita soprada pelos velhos pulmões da velha boca do velho homem, que dizia alto o quanto era infindável o velho tempo!
Como amar sem coração?

25/12/2013

Parar em meio a todo o caos urbano e sentir o coração pular... saltitar... bater desenfreado. Uma nota, um refrão, que com mistério vira canção. O que diriam vendo agora a sombra do curioso que nunca para? Se move, cria, intriga e descobre, pois de falar por todo o tempo, nada está mais no mesmo lugar.
O silêncio chegou de repente,  e contar passos no escuro foi a única coisa que restou. Contar as horas, os minutos e os segundos.  porém, os milésimos riram de mim,  pois eles foram mil vezes mais rápidos. O tempo. Todo tempo que resta para estar  perto da poesia, sendo uma vírgula,  porque o ponto final somente será  dado com o TEMPO.

O que fazer?

O que brindar a um verso,  sendo este tudo que é? Um refrão ou uma página  não é um suspiro qualquer. É a vida que levo,  a vontade que dá,  o tempo, o passado,  um dizer e o futuro. Livres de mim,  ouro e prata sem fim.  om eles... sem eles...  vivo ou morro...talvez.  Sou refém, sou herói,  proletário e burguês. Os versos nunca reclamas por  nunca receberem o tal brinde.  Porém, é claro, é óbvio, que se  um brinde quiser ser feito,  mas não se sabe q quem brindar,  divino é pensar nos versos  e brindar por aquilo que jamais acabará: o AMOR.