Ao cair da noite serena
Os feirantes já iam embora em suas carroças de madeira e ferro barato, quando ele apareceu. Com flores , desejos e um violão cor de mel , ele despejou ali toda a sua atitude juvenil. Olhou firme para a janela , imaginou a cena e começou com simpatia seu flerte intencional e medieval. Joelhos dobrados em posição de rendição , cabeça curvada e olhos fechados. O toque emotivo dos dedos nas cordas de nylon , harpejavam o interior compulsivo dos que ouviam e escutavam. Em meio as flores espalhadas pelo chão , ele se colocava como o jardineiro fiel, inspirado pelo cheiro sorridente das pétalas avermelhadas pela primavera.
E dizia em tom de harmonia....
Tu que és bela e se esconde
atrás das cortinas de seda , tão
brancas e puras quanto sua áurea.
Mostra-me teu sorriso de princesa
bem cuidada e diga-me com teus
lábios tão dignos , se quiser que eu
vá embora.
Sem dúvida uma pintura estava sendo feita com detalhes livres e preferenciais pois afinal , a ilustre semana de arte moderna já tinha ocorrido. Uma declaração personificada , que jamais havia sido vista.
E ele continuava em sua prosa...
Deixe-me ao menos ver teus
olhos e mais uma vez pintar
em mim seu olhar. Quero mais
uma vez enlouquecer , remodelar-me
em ti e eternizar-te em mim.
Como andorinha em busca de orvalho
para se refrescar , eu vim. Vejo em
ti , presença única , terra de reis , olhos
castanhos em busca do ósculo que
tenho para ti.
E o violão se calou ,a s rosas se foram pro além , os joelhos ficaram de pé , os olhos fechados choraram e a cabeça solenemente foi erguida. Ao mar entregou sua noite , em pranto chorou para sempre , pois um balde de água fria em cima dele , o tempo jogou.
E dizia em tom de harmonia....
Tu que és bela e se esconde
atrás das cortinas de seda , tão
brancas e puras quanto sua áurea.
Mostra-me teu sorriso de princesa
bem cuidada e diga-me com teus
lábios tão dignos , se quiser que eu
vá embora.
Sem dúvida uma pintura estava sendo feita com detalhes livres e preferenciais pois afinal , a ilustre semana de arte moderna já tinha ocorrido. Uma declaração personificada , que jamais havia sido vista.
E ele continuava em sua prosa...
Deixe-me ao menos ver teus
olhos e mais uma vez pintar
em mim seu olhar. Quero mais
uma vez enlouquecer , remodelar-me
em ti e eternizar-te em mim.
Como andorinha em busca de orvalho
para se refrescar , eu vim. Vejo em
ti , presença única , terra de reis , olhos
castanhos em busca do ósculo que
tenho para ti.
E o violão se calou ,a s rosas se foram pro além , os joelhos ficaram de pé , os olhos fechados choraram e a cabeça solenemente foi erguida. Ao mar entregou sua noite , em pranto chorou para sempre , pois um balde de água fria em cima dele , o tempo jogou.
Bonito e triste texto!
ResponderExcluirBjinhos amigo XD