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Rugas

As rugas a marcavam... marcas de risos, marcas da vida longa já vivida Mas posso dizer, com fulgor nas palavras que,  não eram as rugas, mas sim o olhar incendiário que me atiçava. Por que falar de rugas, pulgas e putas, se o olhar via mais? Calor, consumindo o fôlego, o mórbido e a própria vida. Falamos de amor e de fulgor. Amor nas rugas, contido pelo tempo e guiado pela espera de jorrar em mim como cascata.
Era para ser um texto gigantesco. Tive a inspiração na Saraiva do Plaza Shopping, porém virou uma crônica tecnicamente curtinha. A ideia de escrever sobre alguém que observava livros e alguém que cheirava páginas foi imperdível. Até aqui a inspiração me guiou. Boa leitura!       Para que começar com o tradicional “ Era uma vez”, visto como pobre pelos críticos conservadores e que se julgam tão perfeitos? Realmente começar com “Era uma vez” pode parecer clichê e inutilizável. O “Era uma vez” remete ao passado de um fato, e de fato, o passado as vezes tem de ser deixado de lado, para que haja presente e talvez futuro.       Quando o passado não é esquecido, o presente torna-se cinza, sem cores vivas, flores e amores. É preciso, mesmo que doa, virar a página e retirar o marcador, pois se não for assim, o passado vira presente e o futuro fica ausente.       A livraria é, sem dúvida, o maior encontro entr...
Livrai-me da ausência de seu olhar, pois prefiro a escuridão de meus olhos fechados do que a ausência, a maldita ausência já mencionada. Traga-me... trague-me com o infinito ardor de sua respiração. Eleve-me, desconstrua-me e lance-me em pedaços ao lapso da imensidão construída. Acabe com a ausência... somente isso!
Naquela tarde, o salgado do mar perdeu para o doce da sua boca. Os lábios levaram-me ao topo de Eclesiastes 3, onde haveria tempo para todas as coisas. A alma rasgou a página: - Quero seus lábios o tempo todo!
Nunca cheguei no final da casa,  porque nos perdíamos na porta de entrada.  Essa foi a conclusão alcançada. Por isso, o tempo tratou de apagar  aquele fogo que aprecia eterno como o próprio tempo. A poesia nunca chegou a ser terminada,  pois a inspiração morria no primeiro verso.  O primeiro verso sempre a se tornar o último.
(H)aja a poesia para haver vida. Do norte ao sul, o horizonte inunda de paixão a alma que se afoga em suas metáforas líquidas. Existirá um dia vontade maior de estar vivo para ser a própria metáfora

Tudo o que quis ainda mais dizer ontem

Em meio a toda essa paixão que arde como fogo,  sinto o toque dos versos seus. Os versos reluzentes como os raios de seus olhos. Os versos do dia e da noite. Os versos da esperança e da bondade. Os versos seus... meus e nossos. Em meio ao presente, virando a página do passado,  busco saber quem eu sou. Sou o verso e tu és a poesia!