Texto escrito em um papel dobrado, encontrado por mim enquanto arrumava meu armário. O texto foi escrito no dia 06/10/2014. Permita-me errar de dia e repetir o erro na noite. Acredite, errar traduz mais valores do que somente acertar. Porém, diga-me: - Existe um ser que somente acerta e os erros que nem lhe passam pela aura? Erre também, grite com o interior de seus erros. Irrite-o, morda o rabo dele. Permita- me errar, pois de erros o mundo está cheio, e os acertos somente nascerão quando todos os erros forem cometidos, porque para se errar é preciso reconhecer. Sim, reconhecer que somente erra quem está vivo e é feito de carne.
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O cão que ladra
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Eu andava como antes. Pensava como antes. Andava pisando no mesmo chão e pensava estar sozinho. Chovia. Um vento frio anunciou as gotas e depois cessou quando elas começaram. A madrugada era fria. A madrugada era como a madrugada. Como eu sempre pensei que fosse. Como eu sempre notei quando andava. O silêncio rompia o barulho das batidas do meu coração. Ele estava rápido e temeroso quanto ao silêncio sombrio que assombrava até os sem sombra. Uma viela escondia algo. Em uma lixeira algo se tacou. A viela denunciou o gato faminto e curioso que me olhava como investigador. Bati um pé no chão e ele se arrepiou, esquivando-se e correndo para o outro lado. Uma outra viela foi vista. Diferente das outras vezes ela parecia nunca ter sido pisada. Parecia mais um experimento que não deu certo. Toda a paixão do experimentalista tinha se acabado e o experimento tinha virado apenas mais um experimento. Em vão esperei ver mais um gato. Na verdade, não havia algo para ser visto. Hav...
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Ele esqueceu onde colocou seu coração ou seu amor. Ele esqueceu, mas talvez, ele não queira lembrar. Existiu choro... lágrimas. O inferno das palavras esquecidas. Mas, ele não viajaria pra tão longe. Ele esqueceu as memórias e o tempo. O tempo... talvez o tempo passe menos do que o tempo. O mundo pode continuar. As palavras podem ser mais fortes. Ele esqueceu e esse é o ponto principal. Onde está a razão? Ele apenas esqueceu e não quer lembrar.
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Que estripulia, que bagunça! O poeta está em profundo gozo interior, mas contra a parede. Sim, o poeta está sendo vítima de escárnio somente porque se inspirou em uma cadeira para escrever a poesia. Dizem que a cadeira só serve para sentar. Bom... foi isso: a cadeira estava sentada no poeta. Uma cadeira tem muito para contar, pois só pra começar, é a maior entendedora de bundas, bundinhas e bundões. Segundo o dicionário, cadeira significa mobília composta de um assento individual e de um encosto, com ou sem braços. -Ah, faça-me o favor! O poeta está sendo julgado somente por dizer que a cadeira serve para apoiar nossa bunda. Mas... entendo que significados bem elaborados sejam mais bem quistos. É o caso da palavra corrupção. Poderia ser traduzida como ato de roubar sem pudor e com a maior cara-de-pau. Mas... é a política, né?
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Fomos alegres até o ponto... E alegres mesmo... alegres, mesmo sentindo a tempestade. Fomos alegres até o ponto de não mais sermos. E os sermões dos que falsamente eram alegres estão ecoando. Fomos alegres e alegres fomos. E os falsos riem sem pena. Mas simples é ser alegre. Tão simples que já não estamos mais alegres.
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Cedo demais para dizer que é tarde? Onde está o ponto em que nos perdemos? Do lapso do instante do começar até o dizer com palavras vãs para alguns, a poesia se monta e se desmonta. Perdi-me nos instantes e talvez... segundos. Os minutos transformaram-se em horas. 120 minutos com exatidão e perda dos sentidos. Que bom que o tempo passou. Ignorante, porém não inconstante eu fui. Eu, o Eu-lírico... paspalho, filho da poesia. Mas a vida passa, o tempo corre e cedo demais volto, pois tarde demais foi para terminar essa... PO-E-SIA!