O bom caboclo cedo se põe
de pé.
A calça é rasgada , a
camisa é surrada
e o cigarro de palha é.
A voz fala rouca, a idade
lhe avança o juízo e
os olhos que muito viram
não são mais crianças.
De manhã o sol , de
tarde o alaranjado
e a noite a lua. Estrelas
brilhando, tentação
a flor da pele , desejo
por mulher nua.
Seu pangaré arretado bufa
quente perto
de suas mãos. O caboclo
sobe e ele
se presta a andar.
Em repiques pelo caminho
eles seguem.
De cá para lá atravessam
e os cactos
sentem o vento certo , do
caipira esperto ,
que com traje se coloca a
prosear e ver o
torto mundo que anda ao
inverso.
Comentários
Postar um comentário